Aproveitando o clima de festas, carnaval e do fim de semana, o Blog do Morita continuará semeando cultura, digamos, útil.
O assunto a ser debatido agora será a “marvada cachaça”, ou para aqueles entusiastas deste néctar dos Deuses, podemos chamar de pinga mesmo.
Antes de adentrarmos no assunto, seria interessante tecer alguns comentários a respeito. Outro dia encontrei com um velho amigo que outrora bebia bastante, e eu inocentemente lhe perguntei: Hei!!! amigo, não está bebendo mais??? Não é que ele me respondeu: Não, não, não estou bebendo mais!!! Eu feliz da vida o parabenizei por sua atitude sensata, no que ele me falou: Eu não bebo mais não... bebo a mesma quantia!! Eu fiquei com cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança.
Mas a vida é mesmo assim, piadas a parte, vamos ao que interessa!!
A cachaça, pinga ou aguardente, foi inventada por escravos africanos no tempo que eles trabalhavam nas fazendas de cana de açúcar. Daí, nada mais justo que os créditos da invenção sejam atribuídos a eles.
À época, eles tinham que, constantemente, cozinhar o caldo de cana para a fabricação do melado, que era utilizado na cozinha dos senhores de engenho.
Ocorre que, segundo a história, em um belo dia, os escravos "perderam a mão", e acabaram azedando todo o melado que estavam preparando.
Curiosamente, o melado azedado foi novamente fervido pelos escravos, na tentativa de recuperar todo aquele melado perdido. O resultado foi uma condensação que aos poucos foi evaporando e formando no teto das senzalas, gotículas de algo parecido com álcool.
As gotículas pingavam constantemente nas costas dos escravos que - já cortadas com as chibatadas dos Senhores Feitores - ardiam muito.
Daí, porque aquelas formações no teto das senzalas pingavam muito, originou-se o nome “pinga”, e como as costas dos escravos ardiam demais, resolveram chamá-la de água ardente, ou seja, “aguardente”.
Desnecessário dizer que não demorou nada para que os escravos adotassem aquele sumo misterioso como bebida no seu dia a dia, visto que além de deixá-los alegres, ainda os fazia esquecerem-se da dura rotina e realidade em que eram submetidos.
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