quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Refletindo sobre o futuro

Reza o artigo 230 da Constituição da República Federativa do Brasil: “A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.”

Hoje fui fazer uma visita no asilo. Lá conheci algumas pessoas, que com suas formidáveis histórias de vida, ali convivem. Pessoas já com idade um tanto avançada. Alguns não têm família. Outras a família não tem condições de ampará-los, seja por motivo financeiro, psicológico, ou por outra razão qualquer. O lugar é muito limpo, organizado, arejado, mas ali se sente o olhar triste dos idosos em suas faces já cansadas pela vida. As pessoas que ali trabalham prestam um relevante serviço, mas por mais que eles se esforcem, mesmo assim, ainda falta o calor humano familiar. Ali eles têm todo o atendimento necessário, quais sejam: comida, roupa lavada, cama arrumadinha, carinho dos funcionários e voluntários, mas não tem o abraço dos filhos, os beijos dos netos, as conversas tão gostosas cheias de “causos”, de aventuras, amor, e até de assombrações. Tão comuns nas conversas familiares, na beira da mesa, se aquecendo em uma lareira ou até mesmo no banco da praça. Uns pedem para retornar em suas antigas casas, junto com os entes tão queridos. Outros com olhares opacos, sem brilho, quase sem vida, nada mais esperam da vida. Fiquei pensando, um dia também estaremos assim velhinhos, e claro que se pudéssemos escolher, gostaríamos de estar juntos com nossos filhos tão amados. O fato de envelhecer não nos tira a capacidade de amar e de dar carinho, pois junto com os cabelos brancos e as rugas, vem também, a experiência e a sabedoria, de que tudo é passageiro, que os momentos difíceis ao longo da vida servem de aprendizado para o nosso crescimento espiritual, e isso não é nada se não pudermos repassar para alguém.

2 comentários:

Anônimo disse...

concordo com voce,os idosos merecem respeito.

Morita disse...

Com certeza meu amigo anônimo. Chegará um dia em que, todos nós, querendo ou não, também seremos idosos, e aí sentiremos na pele o que nossos amigos velhinhos sentem hoje. Só espero que os jovens tenham pela gente o respeito que necessitamos de nossos semelhantes.