foto emprestada do blog http://aishiteru-noticias.blogspot.com/
Por volta dos anos 90, muitos foram os brasileiros que se dirigiram para a terra do sol nascente, em busca de um pouco mais de sorte na vida. Em outras palavras, a terra do sol nascente é o Japão, e quando me referi a “um pouco mais de sorte”, falei de dinheiro mesmo. Todos os dias aviões carregados de descendentes de japoneses – um povo sonhador – deixavam o país, rumo àquele lugar ainda desconhecido para muitos. Pessoas que mal sabiam o que iria encontrar do outro lado do oceano. Lendas eram muitas que escutavam sobre aquele lugar, histórias de um povo heróico com uma cultura e tradição incríveis. Essa gente que se deslocava do Brasil, era composta em sua maioria de: idosos, rapazes, moças, crianças etc. Carregavam na bagagem, além de produtos de necessidades básicas diárias, uma carga de esperança. Pois, acreditavam que naquela terra longínqua, eles encontrariam aquilo que em sua terra natal jamais acharam. No meio dessa multidão de decasséguis, um rosto conhecido também embarcava no aeroporto de Cumbica em Guarulhos – SP. Ele estava apavorado, porque não tinha o discernimento suficiente para entender o que estava acontecendo. Em seus olhos, um brilho, não se sabia se era o brilho de pavor, tristeza ou alegria. O fato é que alguma coisa estava acontecendo naquele momento. Aquele rapaz, ao adentrar na toalete do aeroporto, se deparou com dois americanos que conversavam animadamente. A compreensão do que eles estavam falando estava difícil, ante a falta de intimidade com a língua estrangeira. Porém, surpreso ele ficou mesmo ao olhar no espelho, quando percebeu que aquele rosto ali refletido, era imagem por ele muitas vezes visto. Ficou surpreso, pois aquele rosto, companheiro de anos de existência, era EU...
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