Ontem fui fazer a triagem na OAB/SP, visando providenciar às pessoas hipossuficientes de nossa região, um advogado do estado. Cumpre observar que o advogado nomeado pelo estado é obrigado a patrocinar os interesses do cidadão necessitado, independentemente de íntima convicção se ao outorgado assiste razão ou não, salvo exceções. No caso sob ótica, um advogado conveniado com a Defensoria Pública do Estado de São Paulo é indicado para defender os interesses de algum necessitado que procura o benefício legal. Uma vez nomeado o advogado dativo, começa-se uma relação pessoal entre as partes – advogado e assistido. Ontem, a triagem não foi fácil, contando sempre com nossa fiel escudeira, a meiga Luciana – funcionária da OAB local - entrevistamos nada menos do que 22 (vinte e duas) pessoas. Houve um pouco de tudo, pessoas querendo se divorciar, outras pleiteando alimentos para seus filhos, ações indenizatórias etc. Entrementes, o que me chamou a atenção, foi uma filha que relatou que sua mãe tem “Mal de Alzheimer”. Até ai tudo bem, porém, segundo seu relato, ela e seu irmão eram os únicos que cuidavam da senhora, já debilitada, e os seus recursos já estavam acabando, ou seja, dentro de pouco tempo, ela não poderia mais cuidar de sua genitora, e pelo que percebi, outros seus irmãos também não estavam nem um pouco interessados em cuidar da matriarca. Assim, não querendo invadir o espaço da amiga Luciana que titulou seu blog com a palavra “reflexão” (adorei o título viu Lú), como será o futuro de todos nós? Porque meus amigos, um dia todos nós envelheceremos, uns mais cedo, outros mais tarde, mas, fatalmente a velhice é corolário lógico da vida. Então, o que pensar quando casos como esses chegam até nós. A divagação é inevitável! Por isso, meus amigos e leitores, um conselho de alguém que já viveu um pouco mais nessa vida, vamos começar a construir nosso ninho, pois o futuro somente ao Criador pertence. Nossos filhos que tanto nos amam hoje, futuramente podem estar tão compromissados com o trabalho que, quiçá, se esquecerão daqueles que lhe deram a vida.
2 comentários:
Edson,infelizmente as pessoas olham os idosos como se fossem um monte de tralhas velhas que não servem mais.
parece cruel? pois é assim mesmo,vc soube do caso de uma senhora de 75 anos de santo andré que um vagabundo de 17 anos deu varias machadadas nela pra roubar 2 botijões de gas?
e os idosos que são jogados por ai por seus filhos e netos em qualquer canto e jamais voltam nem para saber se estão vivos...
affff sinto dores de estomago só de pensar que essas pessoas vivem por ai numa boa e ainda conseguem dormir.
Querida Ashley. A vida é mesma assim, injusta. Por isso que temos que reservar nosso cantinho em algum lugar para a velhice, pois, não podemos depender dos filhos e netos quando envelhecermos. Muitas vezes os filhos até nos amam e querem nossa companhia. No entanto, nossas noras e genros não compartilham do mesmo sentimento, e é nessa hora que aparece o problema. Nossos filhos ficarão com um dilema: fica com a esposa amada ou com os velhos pais que só dão dor de cabeça. Nesse caso, acredito eu que vencerá o amor que ele sente pela esposa e sua nova família.
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